segunda-feira, 20 de julho de 2009

40 anos depois…

Perguntaram numa ocasião a George Mallory, explorador inglês, porquê escalar o Everest, ao que respondeu:” Porque está lá!”. O desejo exploratório do ser humano é constante na sua busca de ir mais longe. Ir à Lua era inevitável porque estava lá. As razões iniciais foram políticas. A guerra fria colocava as duas grandes super-potências em competição constante e no início da década de 60, John F. Kennedy, anunciava a intenção dos Estados Unidos colocarem um homem na Lua antes do final dessa década. A 16 de Julho de 1969 é lançado o foguetão Saturno V, a máquina mais rápida alguma vez construída pelo homem, levando a bordo os três astronautas da missão Apollo 11Neil Armstrong, Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins. A 20 de Julho de 1969, a águia pousou (…the eagle has landed!) no Mar da Tranquilidade. Neil Armstrong, comandante da missão foi o primeiro a sair, tornando-se assim no primeiro humano a pisar outro mundo que não a Terra – Um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade! Apesar das primeiras imagens intermitentes, o evento foi transmitido para mais de 600 milhões de espectadores, transmissão que apesar de ter visto não me lembro absolutamente de nada pois tinha pouco mais de uma ano. Após a colocação da bandeira dos Estados Unidos, os astronautas iniciaram uma ligação radiotelefónica com a Casa Branca onde falaram com o presidente Nixon. Este, que tinha um grande discurso preparado, foi convencido a ser breve nas palavras por um representante da NASA, em respeito ao legado de Kennedy. De científico pouco teve esta missão. Após alguns passos e caminhadas, os astronautas trouxeram para a Terra cerca de 22 Kg de rochas e poeira lunar. Pelo caminho deixaram uma bandeira, a base propulsora do módulo lunar, um sismógrafo, um retro-reflector laser, uma réplica em ouro de um ramo de oliveira, símbolo de paz, um sistema de recolha de resíduos (sanita!), uma placa comemorativa da missão e mais importante que tudo, a primeira pegada humana! 40 Anos passados, o único instrumento que continua a ser utilizado é o retro-reflector laser, utilizado para registar a posição e distância da Lua em relação à terra. Apesar das suas razões iniciais, a razão maior é o serviço prestado à humanidade ao mostrar que é possível quando se quer. Para termos uma ideia das dificuldades e grandeza do evento, a capacidade de computação total do módulo lunar não era superior à de uma calculadora. E apesar de toda a tecnologia que temos hoje ao nosso dispor, ainda não é possível avançar para a próxima fase – Marte. Novas missões tripuladas à Lua estão a ser programadas, agora com cariz muito mais científico do que a missão da Apollo 11. A ver vamos, qual será o próximo passo gigantesco para a humanidade.